Hoje começou mais uma gestão administrativa nas mais
de 5.500 prefeituras brasileiras. Mais de 4.000 são prefeitos novos. Oportunidade
única na vida de cada um deles de demonstrar que foram dignos da esperança e
confiança depositada por seu eleitorado na urna eleitoral. (Retiro apenas desse meio aqueles eleitores que
votaram por algum valor, presente ou promessa, pois não foram dignos de sua
cidadania, perdendo também a capacidade de cobrar seus direitos até a próxima
eleição.)
O mínimo que se
espera dos novos gestores é honestidade com o dinheiro público, transparência nas
ações e competência nos serviços que são de responsabilidade da administração
municipal.
Cito a educação como exemplo por ser o principal fim
do poder público, tanto que a Constituição exige que os municípios apliquem ao
menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção
e no desenvolvimento da Educação.
Neste setor, é muito simples o resultado que se
espera: alunos concluindo o ensino fundamental com a noção exata para fazer contas
matemáticas e analisar textos, além de escrever com qualidade e conhecimento da
língua portuguesa. Pelo menos isso.
Com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino
oferecido pelo sistema educacional brasileiro foram criados a Prova Brasil e o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A partir de suas informações,
o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações
voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação e a redução das
desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e
debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros
para áreas identificadas como prioritárias.
No entanto, as deficiências no setor educacional só
se revelaram maiores, em todo o país, a cada prova de avaliação realizada. A avaliação
do IDEB de 2009 apontou uma piora no desempenho das escolas públicas em
comparação com os resultados de 2005 e 2007. A avaliação de 2011 pouco mudou
esta realidade.
Este mau desempenho também é constatado nas
avaliações internacionais, que compara o Brasil com outros países. Uma delas é o
relatório PISA (Project for International Student Assessment), aplicado a
estudantes de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências. Em 2000 o
Brasil amargou o último lugar em leitura, entre 32 nações – depois passou para
a 39ª posição entre 43. Em 2006, com a participação de 9.345 alunos, 990
escolas e 390 municípios, ficou em 52º lugar entre 57 países participantes.
A nosso ver, para valer mesmo o slogan da nova
administração em Rodolfo Fernandes, ‘O
FUTURO COMEÇA AGORA’, é preciso que seja dada uma prioridade especial ao
setor educacional.
Pesquisas comprovam que uma das estratégias
adotadas pelas escolas de melhor desempenho no IDEB é constituída por reforço
escolar no período inverso ao que o aluno estuda. Os salários dos professores
nestas escolas também estão bem acima do piso nacional. Estudos da UNICEF apontam
como outras características desses municípios: o foco na aprendizagem; a
atuação como rede; o planejamento e a avaliação; o perfil do professor; a
formação do corpo docente; a valorização da leitura; a atenção individual ao
aluno; as atividades complementares e as parcerias.
Ficamos aqui na torcida para que a rede municipal
de Rodolfo Fernandes adote estratégias para melhorar a qualidade do ensino de
seus alunos, pois uma boa educação é o maior patrimônio que o poder público
pode oferecer.
Acreditem: todos os outros assuntos são bem pequenos
diante deste grande desafio.
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