quarta-feira, 25 de julho de 2012

HISTÓRIAS DE AMOR (04).


Nasci e me criei em Rodolfo Fernandes. Casei-me e fui morar no Sítio Santana, município de Felipe Guerra. Após 2 anos, tive meu 1º filho. Ser mãe para mim foi a sensação mais maravilhosa do mundo, era tudo o que eu mais queria. Tinha meu querido bebê como um prêmio. E a minha maior conquista foi ser mãe.
Lamentavelmente, um dia ele pegou uma gripe, onde depois se transformou em uma tosse muito forte. Ficava preocupadíssima quando via meu bebê de apenas três meses tossindo até perder o ar. Levei para o hospital de Felipe Guerra, onde ele foi medicado, mais de nada adiantou.
Depois levei para o hospital de Caraúbas, ele muito doente ainda. A médica disse que era coqueluche. Eu não aguentava mais tantas noites em claros, esperando a qualquer momento o pior acontecer.
Levei novamente para o hospital de Felipe Guerra. A médica queria internar, mais eu não deixei, pois tive medo e voltei para casa. Mas tudo ficava de mal a pior, toda vez que ele tossia ficava roxo, até aos poucos voltar ao normal. Eu já estava desesperada com aquela situação que parecia não ter fim, mas não perdia as esperanças em momento algum.
Quando cheguei de Felipe Guerra liguei para minha mãe vim me buscar. Mais não esperei e fui direto para Rodolfo Fernandes. Ao chegarmos logo o internei no hospital, ele em crise a noite inteira. Meu desespero aumentava mais e mais e eu rezava e pedia ajuda à Deus.
No dia seguinte, o médico encaminhou meu filho para Natal. Antes passamos em Felipe Guerra, onde a médica sugeriu que ficássemos por lá. Muitas pessoas diziam que era melhor. Eu imaginava porque se eu levasse para Natal apenas visitaria meu bebê e não podia ficar junto dele.
Não pensei duas vezes com minha decisão. Segui o conselho da médica e internei lá mesmo em Felipe Guerra. Foram noites e noites em claro chorando. Cheguei até a perder as esperanças em alguns momentos, achando que ele não resistiria. Quando eu dormia um pouco, logo acordava, pulava da cama e corria para vê-lo achando que ele iria morrer. Aos poucos as coisas foram clareando. Ele tomava todos os medicamentos diários. Fui vendo melhoras a cada dia. A médica deu alta na condição de que tivesse muito cuidado com ele. Nada de poeiras e quenturas. Eu acordava durante a noite e ia ao seu bercinho olhar se estava tudo bem.
Graças a Deus, com a ajuda de todos e sob a orientação médica, meu filho melhorou. Até hoje agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de ficar com meu filho. Hoje ele tem um irmãozinho e eu cuido dos dois com muito amor e carinho, pois meus dois filhos são tudo o que eu mais amo nesse mundo. São minha razão de viver.

Autora Preservada. 
(Carta enviada ao ex-programa ‘Histórias que marcaram a minha vida’, com Célia Dantas, na rádio FM Maracajá)

Um comentário:

  1. Uma bela história e o mais importante: verídica, pois sou parente (prima) da criança que hoje tem 11 anos de idade. Essa época foi muito triste para nós da família, mas Deus nos concedeu a graça de hoje estarmos todos juntos. Parabéns pela iniciativa!

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