Eleição é uma festa. A população se envolve e todos
se tornam igualmente importantes para o destino de seu município. No início
aquela expectativa para a escolha dos nomes que concorrerão ao pleito, um
processo que se inicia um ano antes, e até mais. Tem casos onde o candidato
termina uma eleição e já se lança imediatamente para próxima.
Em Rodolfo Fernandes, desta vez, os dois candidatos
tiveram seus nomes confirmados pouco antes das convenções de junho. Com o
provável encaminhamento da candidatura de Lilito por parte do grupo liderado
por Chiquinho Germano, o grupo governista tirou da manga o nome de seu irmão
Monteiro Neto, garantindo assim apoio de boa parte desta família. Estratégia
arriscada diante do interesse de outros postulantes, inclusive a própria
Prefeita.
Da mesma forma, momentos de tensão existiram no
grupo oposicionista, já que a maior expectativa era pela indicação do velho
guerreiro como nome da cabeça. Em nenhum dos lados, no entanto, estas
definições tensas acarretaram em dispersões.
Iniciado o processo com os times formados e unidos,
um novo uniforme foi encomendado naturalmente pelos eleitores. No coração e na
alma ainda resistia à disputa entre as cores predominantes dos bicudos e
bacurais, mas vestidos de amarelo e azul, grilos e pinguins deram um novo tom a
eleição, que desde o início se mostrou radical e nervosa.
A necessidade de demonstrar força nas ruas,
passeatas e comícios se tornou mais importante do que a força da palavra e dos
argumentos, das ideias e do seu debate salutar. Tirando os excessos, no geral a
cidade virou passarela e, porque não dizer, salão de festa política e
democrática durante praticamente todos os dias.
Faltando uma semana para o pleito, parabenizo aos
dois candidatos pelas campanhas. Nenhum deles havia antes disputado uma
eleição, mas se mostraram vitoriosos por liderar seus grupos e se mostrarem
dispostos e sonhadores em fazer o melhor pela cidade onde nasceram.
No entanto, apenas um irá comemorar no próximo
domingo a vitória tão esperada e continuar a honrosa missão iniciada pelo pai,
Antônio Cavalcante Pinto, ex-vereador e ex-prefeito do município. Ao perdedor
dois caminhos: se lançar imediatamente para 2016, ou se conter, recuar e amargar
a dura realidade.