Quero lhe parabenizar pela sua posição honesta e
inteligente em interrogar e opinar sobre nossas duas últimas postagens. Com
certeza merece de mim toda atenção, respeito e explicações necessárias.
Você pergunta o porquê desses ataques a atual
gestora.
Digo-lhe que exercer um cargo público, seja ele
executivo, legislativo ou judiciário, implica em obrigações para com a
sociedade a qual representa, entre elas, a de prestar contas de forma
transparente das receitas e despesas efetuadas. Caso não o faça claramente,
existem órgãos fiscalizadores como os Tribunais de Contas do Estado e da União
que acabarão analisando e julgando, tarefa que também é atribuição das Câmaras
Municipais quando se trata de um poder executivo municipal.
Assim, o detentor do cargo público deixa de ser uma
pessoa comum, e qualquer que seja a cobrança a ele deixa de ser pessoal. Nos
casos em que a cobrança é injuriosa, difamatória ou caluniosa, cabe solicitar
reparos indenizatórios na justiça contra o autor. Eu lhe pergunto se em sua
opinião minhas cobranças e opiniões que demonstram uma má gestão na prefeitura
de Rodolfo Fernandes invadem o campo criminal?
Respeito quem acredita que a Prefeita foi uma boa
gestora, mas não concordo, e por isto postei de forma contrária a quem assim
pensa, apresentando minhas argumentações. Primeiro não fui omisso quando em
minhas mãos estavam as provas desta má gestão. Uma alta dívida acumulada a cada
ano, que não é da pessoa nem do cargo, é do município, e que prejudica a todos
de várias formas.
Respeito, também, quem acha que isso não é nada.
Mas nesse caso não tenho como contra argumentar. Cada um tem o direito de
pensar como quiser.
Depois não tenho um blog para ser agradável, pois
tenho compromisso comigo mesmo de ser honesto e buscar a verdade das coisas.
Nem sempre isso agrada nem favorece aos que querem fazer da arte política meio
de vida, tirando proveito financeiro dos diversos órgãos públicos.
Caro Ewerton, minha experiência de vida me oferece
a segurança para escrever o que postei. Tenho certeza que muitos jovens, como
você, acreditam fielmente que possuem toda a razão do mundo em não pensar como
eu. Vocês viverão experiências, amadurecerão, terão condições maiores de formar
opiniões mais consistentes, perderão o romantismo de acreditar na bondade das
pessoas e ficarão mais atentos com a maldade de muitos.
A história e o tempo irão lhes mostrar que até
certo ponto a própria Bernadette foi vítima de sua gestão. Mas não cabe a ela a
vestimenta da inocência, pois quando se trata de cargo público o que vale é o
respeito as leis vigentes, julgadas sob a ótica da impessoalidade.
Por fim, lhe digo que tenho a consciência de que,
ao opinarmos sobre algo público, também passamos a ser alvo de ataques e invasões
pessoais, o que nos exige possuir a justa capacidade para analisar quando vale
ou não a pena responder a cada situação.
No seu caso, senti esta obrigação.
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