RODOLFO FERNANDES/RN - 2010
Para administrar uma Prefeitura Municipal é necessário um conhecimento
vasto do que isso representa. Em um município com pouco mais de 4.500
habitantes, como é o caso de Rodolfo Fernandes, não é difícil dizer que mais de
90% da população necessita dos serviços oferecidos pelo poder executivo.
É a limpeza do lixo produzido, a manutenção das ruas, os serviços de
assistência social, educação e saúde, o apoio ao homem do campo, entre outros.
Mas para uma Prefeitura poder investir bem nestes setores básicos, precisa ter
suas contas saudáveis, garantindo as contrapartidas necessárias e atraindo
possíveis investidores que poderão criar possibilidades de novos empregos e
renda no município.
Para medir o nível de saúde das contas municipais pelo Brasil afora, a
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro publica anualmente o
Índice Firjan de Gestão Fiscal. Este índice toma por base os seguintes itens: capacidade
de arrecadação; gasto com pessoal; relação entre os restos a pagar e a
disponibilidade para atendê-los no exercício seguinte; total de investimentos
em relação à receita líquida; e comprometimento do orçamento com o pagamento de
juros e amortizações de empréstimos.
Entre os 5.565 municípios do país, Rodolfo
Fernandes ficou na posição nº 3.735. No Rio Grande do Norte é o nº 67 dos 167
municípios. Seu índice de liquidez é zero, ou seja, terminou o ano com mais
restos a pagar do que recursos em caixa. Em outras palavras, Rodolfo Fernandes
terminou 2010 devendo, no vermelho. Significa ainda a total impossibilidade de investimento,
fruto da insignificância de sua receita própria e do comprometimento quase que
completo das transferências federais.
Uma irresponsabilidade administrativa que se reflete nas obras sem
qualidade, na falta de remédio no posto de saúde, na carência de investimentos para
dar suporte ao professor em sala de aula.
Um dos principais objetivos de uma Prefeitura é desenvolver seu
município gerando oportunidades aos seus cidadãos. Mas isto não acontece se as
despesas teimam em ser maiores do que as receitas. Ainda mais quando o maior
interessado, a população, não tem a possibilidade de conhecer os números e
analisar as falhas, injustiças ou incapacidade de seus governantes.
O resultado do levantamento da FIRJAN pode ser conferido no seguinte
endereço: http://www.firjan.org.br/IFGF/.
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