Quem estiver esperando o fim do mundo nesta
sexta-feira (21) é bom, também, continuar projetando sua vida para os dias
posteriores. É que a possibilidade de se concretizar a extinção do planeta neste
dia é infinitamente pequena.
Em reportagem da revista VEJA, o astrônomo e antropólogo
americano Anthony Aveni afirmou que “A previsão atual é uma interpretação
equivocada de um dos três calendários usados pelos Maias”. Quando estavam no
auge de sua civilização, há mais de 1000 anos, os maias, população indígena que
ainda hoje habita regiões da América Central, acreditavam que o mundo já havia
passado por várias eras e que cada uma tinha a duração de 5.126 anos. É este ciclo
que será renovado neste dia 21.
A associação entre esta data e o fim do mundo se
deve a um escritor José Argüelles, que interpretou com fartas doses de
imaginação as antigas escrituras maias num livro publicado em 1987. Sempre que
são consultados, especialistas do mundo todo preocupam-se em desmentir a versão
do escritor, pois não há nenhum registro arqueológico que diga que os maias
esperavam uma hecatombe fantástica em 21 de dezembro de 2012.
Em outras ocasiões a sociedade mundial também se
preparou para uma data final, e nada aconteceu. Segundo a revista, às vésperas do
ano 1000 a Europa via sinais do fim do mundo por toda parte: nas epidemias, na
fome e nas invasões vikings. Em 1910, espalhou-se o rumor de que a cauda do
cometa Halley, que passou próximo a Terra naquele ano, continha gases venenosos
que dizimariam a vida no planeta. Mais recentemente, o mundo se preparou para o
‘bug do milênio’, que causaria o colapso dos computadores na virada para o ano
2000.
Toda esta concepção existente
nos povos de que um dia chegará o fim do mundo tem origem no livro bíblico do
Apocalipse, escrito pelo evangelista João por volta do ano 90 da era cristã. No
entanto, é pouco provável que exista uma data específica para este evento. Para
todos nós, sem exceção, a certeza de que encontraremos nosso dia final,
mas também, sem data e hora marcada. Ainda bem.
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